O secretário da Casa Civil, Fábio Garcia (União), usou as redes sociais para criticar o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados, que aumentou de 513 para 531 o número de parlamentares federais.
Deputado federal licenciado, Garcia acredita que este não seria o momento para aprovação do projeto, por conta dos custos que vão gerar aos cofres públicos.
A criação de novas cadeiras implicará impacto orçamentário de R$ 64,8 milhões ao ano, segundo informações da Diretoria-Geral da Câmara, a ser absorvido pelas previsões orçamentárias de 2027, quando começa a próxima legislatura com a nova quantidade.
“Eu não concordo com o aumento do número de deputados. Eu concordo com o aumento da representatividade daqueles estados que cresceram mais, que a população aumentou. Seria muito simples resolver isso sem aumentar nenhum deputado”, disse Fábio Garcia.
Com a aprovação, Mato Grosso ganha dois deputados federais. Os efeitos do PL ainda atingirão a Assembleia Legislativa (ALMT), que também aumentará o número de deputados.
Ele afirmou que não é contra dar mais representatividade aos estados que cresceram, como é o caso de Mato Grosso. Contudo, para ele, isso pode ser feito redistribuindo as cadeiras com base na população atual, sem criar novos cargos.
“Aqueles estados cuja população perdeu representatividade deveriam perder deputados. E os estados onde a população, como é o caso do Mato Grosso, deveriam aumentar o número de deputados. Mas jamais o Brasil poderia pensar, em um momento desses, em aumentar o número de deputados federais e como consequência aumentar o número de deputados estaduais. Isso vai na contramão do que o Brasil precisa”, completou.
Ele defendeu que a diminuição do gasto público para investir em outras áreas emergentes, como saúde, segurança, saneamento básico e pavimentação.
“O Brasil precisa ser mais eficiente. A máquina pública precisa ser menor, precisa custar menos para o cidadão. O cidadão está cansado de pagar tantas contas, de pagar tanto imposto para financiar o poder público”, destacou.
“A necessidade que não existe é aumentar o gasto público, é aumentar o peso da máquina, o tamanho da máquina. O povo brasileiro está cansado de pagar tanta conta. Nós precisamos respeitar o povo brasileiro”, concluiu.