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“Quem não deve não teme”, diz vereador afastado por suspeita de cobrar propina

O vereador Chico 2000 classificou a decisão de afastamento como “desproporcional”

29/04/2025 às 22h25
Por: Redação Fonte: REDAÇÃO PONTO MT
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“Quem não deve não teme”, diz vereador afastado por suspeita de cobrar propina

Afastado por ordem judicial, o vereador Chico 2000 (PL) negou qualquer prática ilícita e que não teme as investigações sobre um suposto esquema de propina que teria participado para deliberar sobre as obras do Contorno Leste, em Cuiabá.

Ele e o também vereador Sargento Joelson (PSB) foram alvos da Operação Perfídia, deflagrada nesta terça-feira (29).

“Eu só temo a Deus e a mais ninguém. Vou repetir: quem não deve não teme”, declarou Chico.

À imprensa, o vereador afirmou que não possui uma relação de proximidade com Sargento Joelson e que sequer recebeu do colega voto para que mantivesse na presidência da Câmara Municipal. 

Ele também negou que tenha interferido no Executivo. É que as investigações apuram se Chico e Joelson teriam cobrado propina da construtora responsável pela obra para aprovarem matéria no Legislativo e pressionar o Município a fazer os pagamentos devidos à empresa, na gestão de Emanuel Pinheiro.

Chico também classificou como “desproporcional” a decisão que o afastou do cargo e ainda impôs outras medidas cautelares, como proibição de frequentar a Câmara.

“Se tiverem acesso à decisão que culminou nesse afastamento verão que é desproporcional. No entanto, eu quero deixar claro que decisão judicial a gente discute no Judiciário, até que essa discussão seja feita, temos que cumpri-la e eu vou cumprir com todo o respeito”, disse.

Com o afastamento, suplentes devem ser convocados para assumirem as cadeiras.

A operação

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos vereadores, por ordem da juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá.

A magistrada ainda determinou a busca nos sistemas e câmeras de monitoramento da própria Câmara Municipal, onde o crime teria ocorrido.

As investigações apuram a suposta cobrança de propina por parte dos vereadores, a um funcionário da empresa responsável pela execução das obras do Contorno Leste, para a aprovação de matéria legislativa que possibilitou o recebimento de pagamentos devidos pelo município à referida empresa no ano de 2023.

Uma parte dos valores foi depositada em conta indicada por um dos vereadores, e há indícios de que a outra parte tenha sido paga em espécie ao parlamentar, no interior de seu gabinete na Câmara, onde as negociações teriam ocorrido.

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