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Após a morte de Francisco, quem será o novo papa?

Filme “Conclave”, lançado em 2024, ganha destaque ao retratar com precisão o processo que agora se torna realidade

21/04/2025 às 14h12
Por: Redação Fonte: REDAÇÃO PONTO MT
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Após a morte de Francisco, quem será o novo papa?

A morte do papa Francisco, na madrugada desta segunda-feira (21), não apenas marca o fim de um pontificado histórico, mas também dá início ao processo que escolherá o novo líder da Igreja Católica. O mundo volta os olhos ao Vaticano, onde, em até 20 dias, terá início o conclave — reunião secreta de cardeais para eleger o próximo papa.

Coincidência ou previsão? Em 2024, o cinema lançou luz sobre esses bastidores com o filme Conclave, estrelado por Ralph Fiennes. A produção dramatiza os bastidores da eleição de um novo pontífice e, agora, ganha novo significado ao espelhar com surpreendente realismo o que está prestes a acontecer. A produção está disponível para aluguel nas plataformas Prime Video e Movistar Plus+. Com a recente morte do papa Francisco, o filme ganhou ainda mais relevância, oferecendo uma visão dramatizada, mas perspicaz, do processo de escolha do novo líder da Igreja Católica.​

Conclave: da ficção à realidade
Baseado no romance de Robert Harris, o filme acompanha o cardeal Thomas Lawrence (Fiennes), designado para conduzir o conclave após a morte repentina do papa. Ao longo da história, ele se depara com disputas de poder, segredos ocultos e dilemas morais que ameaçam desestabilizar a eleição.

Apesar do tom de suspense, o filme acerta nos detalhes: as regras da votação, o isolamento dos cardeais na Capela Sistina, a exigência de dois terços dos votos e o anúncio por meio da fumaça branca — tudo é retratado com fidelidade.

A produção também destaca as tensões entre diferentes correntes da Igreja — conservadores, progressistas e moderados — além de tocar em temas contemporâneos, como o papel das mulheres, inclusão e modernização da doutrina. Um retrato que dialoga com os desafios enfrentados pela Igreja nos últimos anos.

Os nomes mais cotados
Com a cadeira de São Pedro oficialmente vaga, começam as especulações. Entre os cardeais cotados para suceder Francisco estão:

Luis Antonio Tagle (Filipinas): Alinhado ao estilo pastoral e reformista de Francisco, é visto como seu sucessor natural.

Pietro Parolin (Itália): Secretário de Estado do Vaticano, tem perfil diplomático e é bem articulado na Cúria Romana.

Peter Turkson (Gana): Forte defensor de justiça social e meio ambiente, pode se tornar o primeiro papa negro da história.

Péter Erdő (Hungria): Com perfil conservador e sólida base teológica, representa a ala tradicional europeia.

Fridolin Ambongo Besungu (Congo): Arcebispo de Kinshasa, crítico a decisões polêmicas recentes, é uma voz firme dentro do colégio cardinalício.

A força do Brasil no Vaticano
O Brasil, maior nação católica do planeta, terá sete cardeais com direito a voto no conclave:

Dom Sérgio da Rocha (Salvador)

Dom Jaime Spengler (Porto Alegre)

Dom Odilo Scherer (São Paulo)

Dom Orani Tempesta (Rio de Janeiro)

Dom Paulo Cezar Costa (Brasília)

Dom João Braz de Aviz (emérito de Brasília)

Dom Leonardo Steiner (Manaus)

Mesmo que não sejam considerados papáveis, os brasileiros devem exercer influência nas articulações e blocos de votação. Eles representam uma Igreja em constante movimento, especialmente na América Latina.

O que esperar do próximo papa?
Ao longo de mais de uma década, Francisco moldou o Colégio de Cardeais: cerca de 80% dos eleitores foram escolhidos por ele. Isso pode pesar na escolha de um sucessor que mantenha sua linha pastoral — voltada aos pobres, à justiça social, à ecologia integral e ao diálogo inter-religioso.

Mas como mostra o próprio filme Conclave, nem sempre os favoritos vencem. A escolha de um papa é, também, um momento de surpresas e decisões que escapam aos cálculos políticos. Entre a fumaça branca e a expectativa global, o futuro da Igreja está mais uma vez nas mãos da fé — e dos cardeais.

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